"Ganhar o Prêmio Jabuti na categoria Contos, com “A Vestida”, significou uma virada de chave, a materialização do amadurecimento de uma trajetória pessoal e ao mesmo tempo coletiva, que começou muito antes de mim. Acompanhando a linha do tempo desta premiação que se tornou a mais emblemática da literatura brasileira, é possível enxergar todas as marcas do tempo e das desigualdades de um país que buscou anular tantas representações. Quando subi ao palco do Teatro Municipal de São Paulo, senti que comigo subiam muitas e muitos que foram e são sistematicamente apagados, mas também me vi inserindo o nome entre artistas admiráveis da nossa história. Foi lindo constatar que cresci como escritora, mas que também a sociedade brasileira finalmente começa a marchar na direção de trazer para o protagonismo toda a sua incrível pluralidade cultural."
"O jabuti representou uma revolução total na minha carreira. Antes do prêmio eu era apenas um autor independente de ficção científica e fantasia, acostumado à autopublicação e a editoras pequenas. Agora as coisas começaram a mudar, me sinto mais notado e prestigiado por outras partes do mercado literário além do bom número de novos leitores que ganhei por conta do prêmio."
"Nunca foi fácil ser escritor no Brasil. Se aqui já é difícil ler, o que dirá escrever. Também por isso o Jabuti é não apenas importante mas imprescindível. Eu já havia sido finalista na categoria romance, com A confissão, em 2007. E tenho em casa a estatueta de terceiro lugar na categoria juvenil, com A distância das coisas (2009). Em 2021, no entanto, foi o momento mais marcante da minha história com o prêmio, e justamente num gênero tão pouco valorizado e com um livro publicado por uma editora pequena (Cousa, de Vitória). Os jabutis têm vida longa. Este também vai ter, para o bem do país."
"Sinto que não ganhei sozinha o Prêmio Jabuti. Esse prêmio também é das diversas escritoras, leitoras e professoras do norte do país, que se viram representadas nas páginas de Flor de Gume, que fala sobre um norte de natureza e de asfalto, de mulheres que apesar de toda violência se vingam ensinando outras mulheres o caminho. O Jabuti me fez chegar em muitos lugares que jamais imaginei que pudesse ser lida, definitivamente está na minha história com a escrita e sempre estará."
"Ganhar o Jabuti foi uma virada de jogo na minha carreira. Depois do dia 26 de Novembro de 2020, centenas de pessoas me procuraram, a respeito da obra. O livro Palmares de Zumbi foi escrito para ajudar a popularizar a capoeira a difundir essa arte tão nobre, criada pelos africanos escravizados no Brasil, e seus descendentes, com o objetivo de se libertarem da opressão dos portugueses e seus descendentes. Escrevi o livro com o sonho de que um dia se tornasse um produto audiovisual (filme ou série) e o Jabuti está ajudando a fazer disso uma realidade."
"Ganhar o Jabuti foi a materialização de justiça a mim e meus ancestrais. Há muito a seguir, a população negra em 50 anos não representou sequer 10% da autoria de livros. Mulheres negras, então, ainda mais apartadas. Entretanto, um movimento está em curso e caminhos literários e epistemológicos primordiais, mas tão ocultados, estão se abrindo, em uma nova era para a literatura do país. Para mim, ganhar o prêmio foi uma alegria e trouxe ele para conhecer minha família. Meu Jabuti já dormiu do lado de Exu, está abençoado pelos ancestrais. Que ele seja um entre tantos a achar o caminho de volta."
"Receber o Prêmio Jabuti foi uma alegria imensa, ainda mais por um projeto coletivo como “AI-5 50 anos: Ainda não terminou de acabar”. Fruto de exposição realizada no Instituto Tomie Ohtake (2018), a publicação lida com as tensões de um período de supressão de direitos, violência, perseguição, e de um processo de transição democrática que, sem a devida reparação histórica, deixou feridas latentes. Ganhar o prêmio nesse momento foi emocionante e renovou o fôlego para seguir pesquisando e escrevendo sobre a cultura brasileira."
"Prêmios como o Jabuti não deviam dizer nada, mas dizem tudo. A gente faz de conta que não está nem aí se vai ganhar ou não. Mas veste a melhor roupa e prepara um discurso de agradecimento antes mesmo de receber o resultado. Prêmios não deviam abalizar a vida de escritores, poetas, jornalistas ou produtores culturais Mas o fato é que abalizam mesmo a vida de artistas consagrados. São clássicos os casos de cineastas que jamais ganharam um Oscar e, no fim da vida, a Academia de Hollywood inventa um prêmio pelo conjunto da obra, tentando uma reparação. O Jabuti, ainda que seja um prêmio do mercado editorial, é o nosso Oscar. Eu, por exemplo, sou poeta, escritor e jornalista, mas só ganhei o Jabuti como produtor cultural, por ser o cara da Flup desde que nosso parceiro Ecio Salles se foi. Fui indicado para a categoria de jornalismo em 2008 e fiz de conta que não terminei aquela noite frustrado. Mas desde então está lá no meu currículo - autor do livro reportagem Rim por rim, indicado para o Jabuti Houve diversas pessoas que me olharam com mais respeito por causa desse item que acresci ao meu currículo. Desde novembro passado, todas as apresentações da Flup trazem a logo do Jabuti, agora de ganhador. Algumas pessoas nos olham com mais respeito por causa disso. Isso não devia dizer nada, mas diz tudo. "
"Ter ganho o Prêmio Jabuti foi o momento mais emocionante da minha trajetória como ilustradora até hoje. Acho que é o resultado mais incrível que eu poderia ter da minha dedicação e amor em ilustrar."
"Já disse Fernando Pessoa: “ser poeta é a minha maneira de estar sozinho”. De fato, a vida de escritora/escritor é um troço assaz solitário e, por vezes, a gente se enche de dúvidas. Um prêmio literário, sobretudo um do gabarito do Jabuti, é sempre um estímulo a continuar, apesar dos autoquestionamentos. Porém, o mais bacana para mim foi a troca com os leitores. Foi como se, ao levar a minha voz a um público maior, a voz desse mesmo público também se ampliasse e ressoasse com mais facilidade. Recebi mensagens de pessoas que não conheço comentando o meu livro, algumas me emocionaram bastante."
"Foi uma grande emoção ver que “130 anos - em Busca da República” recebeu o Prêmio Jabuti em 2020. O livro foi um trabalho coletivo, com seis coordenadores e mais de 30 autores, cada qual com direito a cinco páginas para dar sua visão desta história inacabada. Com o reconhecimento do prêmio, esta comunidade que se formou em busca de República que queremos, e que ainda não conseguimos achar, se tornou muito maior. Um dia, certamente, chegaremos lá."
"É uma alegria imensa receber o prêmio Jabuti. Tenho certeza que essa conquista vai marcar a minha carreira para sempre. Apesar das dificuldades do ano de 2020, guardarei com carinho especial algumas conquistas que tive profissionalmente, e o Prêmio Jabuti é com certeza a mais especial delas. Que mais jovens negros consigam essa vitória!"
"Eu não me lembro do exato momento em que passei a associar excelência literária ao prêmio Jabuti – e, sinceramente, creio que ninguém se lembra. Esta é a força da estatueta: o Jabuti transcende gerações, gêneros e estilos; é simplesmente “o” prêmio literário brasileiro. Ao longo de mais de sessenta anos – uma proeza fantástica em um país volátil e de memória curta como o Brasil – o Jabuti se estabeleceu como sinônimo de qualidade, profundidade e modernidade. Receber esse prêmio foi, sem dúvida, uma honra e uma alegria incomparáveis."
"Muito mais do que um prêmio ou prestígio. Devem saber que a categoria Histórias em Quadrinhos existe há pouco tempo. Há cinco anos apresentávamos uma carta pública à CBL para inclusão desta categoria. Ganhar o Jabuti no quarto ano de premiação foi o fechamento de um ciclo e, muito além disso, o reconhecimento dos jurados, três pessoas que admiro, de que estou no caminho certo. O maior prêmio do mercado editorial, o Jabuti representa grande visibilidade tanto no país quanto fora. Isso só pode significar uma coisa: há muito trabalho pela frente."
"Receber o prêmio foi uma grande surpresa. Esse livro foi feito com muito carinho por todos os envolvidos e a obra por si só, circulando aos poucos pelo Brasil, já era motivo de satisfação. Um prêmio como esse com certeza ajudará a ampliar seu alcance, levando-a adiante, para novos lugares e leitores. Tal possibilidade me enche de alegria. A noite da premiação foi especial e ficará para sempre na minha memória. Deixo aqui meu agradecimento para todos os responsáveis por esse encontro. "
"A surpresa e a alegria de receber o Prêmio Jabuti em 2019 pelo livro de arte Arte Popular Brasileira: olhares contemporâneos representaram para mim um enorme incentivo. Há mais de trinta anos trabalhando na divulgação da arte popular, nada poderia ser mais significativo para mim do que receber o prêmio tão desejado e, com razão, valorizado por todos aqueles que contam sua trajetória por meio do livro. O projeto, uma iniciativa do IIPB-Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro com parceria da editora Martins Fontes, surgiu da percepção da ausência de textos críticos atuais sobre alguns artistas não eruditos. Críticos de arte como Rodrigo Naves, Paulo Sergio Duarte, Ronaldo Brito, Miguel Chaia, Cauê Alves e João Bandeira, e artistas contemporâneos como Paulo Pasta, Rodrigo Andrade, Paulo Monteiro e outros são alguns dos que contribuíram escrevendo sobre artistas nessa publicação. As fotos, do fotógrafo Ruy Teixeira, foram tiradas em casas de colecionadores onde o diálogo entre o erudito e o não erudito ocorre naturalmente. Nenhum ambiente foi produzido. E tudo isso foi reunido no projeto gráfico, da artista plástica Germana Monte-Mor, sofisticadamente simples. Esses elementos e os colaboradores mencionados certamente levaram o projeto a merecer tão grande honraria. Muito obrigada "
"Uai, ganhar o prêmio Jabuti foi bom demais! Foi uma surpresa ver meu livro entre os finalistas e, emoção maior, ganhar o mais prestigioso prêmio literário do Brasil, na categoria Ciências. O Jabuti ajudou a expor o livro à novos leitores e a divulgar a Ciência, que pode ser tão emocionante quanto gol em final de copa do mundo! No livro “A caminho de Marte” eu falo de exploração espacial e dos 25 séculos de conhecimento acumulado em Astronomia, além de contar minha trajetória do interior de Minas até o Jet Propulsion Lab da NASA, na Califórnia. Este prêmio reforça minha mensagem que “não importa o tamanho de seus desafios presentes e futuros, porque não há obstáculo que resista muitas horas de trabalho todo dia, durante 20 anos”. "
"Recebi com imensa surpresa e gratidão esses dois jabutis que chegaram no mesmo ano. E os dois títulos se conectam com a minha infância, quando descobri como é encantador viajar nas palavras e nas imagens dentro de um livro. Um prêmio tão importante e tradicional como o Jabuti é um incentivo para todos aqueles com quem compartilho a mesma paixão. E também, por acreditar que amplia a rede de leitores, considero uma conquista coletiva. Foto: Renato Stockler "
"Jorge Amado foi vencedor do primeiro Jabuti na categoria romance em novembro de 1959. Um ano antes, tinha lançado Gabriela Cravo e Canela. Best-seller em sua época, o livro marcou uma nova virada em sua trajetória de autor, seu sucesso só cresceria dali para a frente. Sessenta anos depois, me lembrava desse feito do meu biografado quando cheguei naquela noite de novembro de 2019 ao Auditório Ibirapuera: carregava um senso de responsabilidade combinado a uma euforia leve. Claro, estava muito bem preparada para não vencer, pois encontrava concorrentes excelentes. E foi preparada para não vence que ouvi a notícia logo de um autor baiano –Lázaro Ramos, o mestre de cerimônias, me trazia qualquer coisa do jeito amadiano. Enquanto você escuta seu nome, sobe ao palco, tira as fotos oficiais, sai pela lateral, não devem se passar cinco minutos. Você só se dá conta do que aconteceu quando desce o elevador e entra de novo na plateia, para voltar a sua cadeira e continuar a assistir a cerimônia. Mas são cinco minutos que duram o restante de sua vida. Foi meu livro de estreia, me custou muito realizá-lo pelo tamanho do projeto e ter agora esse Jabuti na minha mesa de trabalho me anima a levar adiante os próximos. Foto: Silvia Costanti"
"Ganhar o Jabuti pela tradução de Maiakóvski foi uma das maiores alegrias profissionais que já tive. Trabalhar com a poesia deste colosso russo é um desafio à altura de seus dois metros! Uma alegria tão imensa quanto: meu primeiro livro recompensado com o prêmio de maior prestígio do mercado editorial brasileiro. Estrear ecoando a voz do poeta em português era uma grande responsabilidade, mas o reconhecimento não poderia ter sido melhor. Um sonho realizado! Que o prêmio leve a Poesia mais e mais longe e que eu possa tornar acessíveis muitas outras vozes literárias e seus timbres.""
"Quando resolvi escrever o livro 101 Dias com Ações mais Sustentáveis para Mudar o Mundo a ideia não era ganhar este prêmio tão importante para a literatura no Brasil, mas, sim, poder divulgar ações simples que devemos tomar para melhorar o nosso relacionamento com o planeta e as pessoas que vivem nele. Fiquei muito honrado pela premiação e mais feliz ainda pelo prêmio ter divulgado as ações para o Desenvolvimento Sustentável. Esta temática tem que fazer parte do dia a dia de todos. Precisamos entender que o nosso processo de evolução civilizatória está fortemente ligado com a parte social e ambiental. Viva a sustentabilidade! Viva o ser humano! Viva o meio ambiente! Vida longa ao maravilhoso Prêmio Jabuti! Foto: Caroline Lima"
"Viva o livro! Ganhar o Prêmio Jabuti de Melhor Capa em 2019 foi gratificante e significativo. Ultimamente, com a falta de incentivo à cultura e à produção artística no Brasil, ser premiado pelo design de um livro que conta a singular história de Chico Buarque pela fotografia representa uma vitória contra o retrocesso e a certeza de que devemos continuar a fazer mais livros. A felicidade foi ainda maior porque a obra também foi uma das dez finalistas na categoria Projeto Gráfico. Por isso, desejo vida longa ao Prêmio Jabuti que é a premiação literária mais tradicional e festejada do país. Foto: Cris Veit"
"Foi com imensa alegria que recebemos o Prêmio Jabuti para o Leia para uma Criança em 2019. O programa tem se dedicado a levar bons livros para casas, escolas, bibliotecas e organizações da sociedade civil. Já sabemos que a leitura do adulto com a criança fortalece vínculos afetivos e aproxima o livro e a leitura do cotidiano das crianças, ampliando seu repertório e vocabulário, bem como trazendo possibilidades de lidar com os dilemas que se apresentam nas suas vidas. O reconhecimento de um dos maiores prêmios literários do Brasil só reforça a importância desta iniciativa, que desde sua criação já distribuiu mais de 57 milhões de livros para os quatro cantos do Brasil. Créditos: Patricia Stavis/ Itaú Social"
"O prêmio levou meu livro a leitores que não costumam acompanhar de perto a produção da literatura contemporânea brasileira, o que é motivo de grande alegria. Um efeito mais lento, mas não menos importante, é o livro entrar em dois novos eixos do debate especializado: com os outros finalistas de 2019 e com os ganhadores de todos os anos passados. Dessa forma, ele passa a fazer parte de um importante mapa da literatura. E por último, há a exposição internacional. O livro já foi negociado para sair na Colômbia, Venezuela, Peru e Equador por uma das maiores editoras da América do Sul. Foto: Mira Cervino"
"Cresci rodeado de livros. E o selo de vencedor do Prêmio Jabuti estampado em vários deles foi o primeiro prêmio que conheci na vida. Quando comecei a escrever minha ambição secreta era um dia fazer parte desse grupo de talento, que inspiraria outros. Jeremias - Pele foi feito com o coração na mão, e essa história sobre um menino negro (igual ao que meu parceiro Jefferson Costa e eu fomos), se entendendo no mundo, hoje tem esse selo. Um ciclo que se fecha e abre, para novas histórias terem voz. E mais vozes fazerem história. Foto: Projeto Preto Colore"
"É um reconhecimento da minha literatura, fico feliz demais por tê-lo recebido. Costumo dizer que o prêmio não muda a qualidade do livro. O livro não é melhor porque ganhou o prêmio e nem seria pior se não tivesse ganhado. Mas ganhar um prêmio tão importante quanto o Jabuti (além do reconhecimento que já mencionei) amplia demasiadamente o alcance do livro. Certamente minha obra foi e será lida por diversos leitores que não a leriam, não fosse o prêmio. O Jabuti é extremamente importante para o mercado editorial, tendo em vista que aumenta a venda dos livros, não só dos premiados, mas também dos indicados. A premiação fomenta o mercado literário."
"Há várias premiações importantes espalhadas pelo país. Mas, o Prêmio Jabuti é um ícone no mercado editorial brasileiro. Em 2018, fui premiado pela sexta vez e a emoção do anúncio do livro premiado é inesquecível. Acredito que o Prêmio Jabuti, além de ser um reconhecimento da obra produzida, é um estímulo a todos que lutam pelo livro brasileiro. "
"É um reconhecimento muito grande, uma validação do trabalho, e deu muita visibilidade para meu romance. É muito legal ver as pessoas chegando ao livro graças ao prêmio. É muito importante para todo o sistema literário a existência e manutenção desses prêmios. O Jabuti tem uma longa tradição. É um nome conhecido até de quem não é tão familiar com o meio literário, um fato louvável, ainda mais em um país como o nosso, com um número tão restrito de leitores. Foto: Fabrício Sviroski. "
"O Prêmio Jabuti é o mais prestigioso prêmio literário nacional. É uma grande satisfação e também uma honra recebê-lo, sobretudo porque o projeto Psicanálise e literatura – Freud e os clássicos foi o primeiro a receber o Prêmio Jabuti no Eixo Inovação – Formação de Novos Leitores, instituído no ano de 2018. Trata-se de um projeto desenvolvido com alunos de graduação de Psicologia no qual a metodologia de ensino proposta, a Roda de Leitura seguida de apresentação de seminários discentes, vem colhendo frutos entre os alunos do curso há sete semestres letivos consecutivos. A cada semestre letivo fazemos a leitura em voz alta em sala de aula de um clássico da literatura universal utilizado por Sigmund Freud e também por Jacques Lacan na fundamentação teórico-conceitual da psicanálise. As obras lidas foram Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona, de Sófocles; Hamlet, Macbeth, O mercador de Veneza e Rei Lear, de Shakespeare; Os sete contra Tebas, de Ésquilo. Foto: Flavia Astorga "
"Vejo o Prêmio Jabuti como um estímulo para que eu continue escrevendo e pesquisando. Foi uma experiência ímpar me debruçar sobre a vasta produção de Rubem Braga no campo da crônica. Eu tinha alguma noção de que havia muita coisa boa dele inédita em livro. Mas foi somente quando mergulhei na pesquisa que pude me dar conta dessa riqueza. Selecionar os textos e conceber um prefácio que alinhavasse aqueles textos do Rubem exigiu um esforço enorme e deu também muito prazer. A conquista do Prêmio me proporcionou um sentimento de realização sem tamanho."
"Receber um Jabuti, ainda mais na categoria Tradução, foi uma honra que eu não esperava. Mesmo trabalhando com livros em todas as suas etapas de produção, nunca pensei que poderia estar ao lado de profissionais que eu tanto admiro. Além do reconhecimento do meu trabalho pelos meus colegas, o Prêmio me proporcionou um diálogo mais amplo com possíveis leitores do autor que traduzi, alguns que até nem tinham conhecimento da existência de tal livro ou de minha tradução."
"Estreei na literatura, em 1994, como autora juvenil. Por isso, receber o Jabuti, anos depois, com o “Convivendo em Grupo – almanaque de sobrevivência em sociedade” (Editora Moderna), justamente um livro para ser lido em sala de aula por crianças e jovens, e que propõe relações mais harmoniosas na escola e fora dela, trouxe de volta a ingenuidade de principiante que parecia perdida: um prêmio por sua utopia! ” Leusa Araujo Foto: Wallace Yuri "
"A inclusão da categoria Histórias em Quadrinhos no Jabuti sinaliza que a CBL está atenta à desenvoltura e maturidade dos quadrinhos brasileiros. Os amantes da nona arte ficaram eufóricos com o reconhecimento ao gênero. E os autores, animados com a possibilidade de ter o tão prestigiado troféu Jabuti em mãos. É mais um grande estímulo para quadrinhistas, editores e tantos outros envolvidos no ofício. O Jabuti apresenta um seleto conjunto de obras aos leitores mais exigentes, que o tem como um guia para o melhor da literatura brasileira. Agora, os quadrinhos estarão sempre presentes nesse recorte, feito por renomados do mundo da arte, das letras, do livro e da leitura. Posso firmar que existe carreira antes e depois da premiação. O prestígio da obra contemplada é notável nas vendas e nas oportunidades que surgem após o reconhecimento da CBL. Desejo isso a todos os colegas de profissão. Em 2018 teremos a 60ª edição do Jabuti. É muita tradição. Mas, para os quadrinistas, no entanto, a festa está só começando: Foto - Francisco Moisés"
"O Prêmio Jabuti prima pela organização, pelo júri especializado e pelos critérios transparentes de avaliação. A cada edição o regulamento é atualizado, visando contemplar efetivamente as obras mais marcantes da produção anual brasileira. Uma honra ser finalista do Jabuti e uma alegria ter recebido o prêmio três vezes – com O volume do silêncio (contos), Aquela água toda (contos) e Caderno de um ausente (romance). Foto: Juliana Monteiro "
"'Pouco importa se escrevemos em busca de leitores ou por um ascetismo desvinculado da vaidade. Também pouco importa se é a necessidade ou o entusiasmo que nos move pela incerteza das palavras, da pesquisa e do reconhecimento de nossos trabalhos. No momento em que lhe dizem ‘você ganhou o Jabuti’, dúvidas, frustrações e dificuldades se tornam passado. Por apenas um instante, é verdade. Foi assim quando levei dois Jabutis para casa com meu primeiro livro. A lembrança desse anúncio inesperado me faz sorrir até hoje. Foto: Emanuela Rossini "
"A potência da palavra já vibrava em mim na carreira de jornalista, mas, quando encontrei um lugar na literatura, as vozes que transformo em narrativa puderam ser ouvidas por milhares de pessoas que se sentiram transformadas pela leitura. Essa experiência trouxe ainda mais significado para minha escrita que é voltada para a construção da memória coletiva do país. Participar do Jabuti era um sonho de menina. Por isso, quando vi meu nome pela primeira vez na lista dos finalistas, senti uma emoção profunda. Nem acreditei que estava entre os escolhidos, ao lado de nomes que eu já admirava. Com Holocausto brasileiro fiquei em segundo lugar, em 2014, e com Cova 312 tive a honra de ter meu livro escolhido como o melhor da categoria Livro-Reportagem. Acho que chorei por uma semana e ainda me emociono quando vejo aquelas duas estatuetas na minha sala, troféus admirados até pelo meu filho de 7 anos, que já "escreveu" seu segundo livro. O prêmio Jabuti me mostrou que estou no caminho certo. Meu desejo é que a minha escrita continue sendo ponte para o coração do outro. Foto: Fernando Priamo "
"Quando saiu a lista dos dez finalistas, eu fui comemorar com meus amigos. Aquilo já era algo muito importante. Estar entre pessoas que eu admiro, e que estava lendo e gostando muito, já era motivo para festejar. Quando anunciaram os vencedores, eu repetia “não pode ser!”. Mas era. E tem sido tão importante para minha caminhada como escritora e como pesquisadora. Pra mim, que não fazia parte de um eixo geográfico ou editorial, ter vencido o Prêmio Jabuti, foi ter o meu trabalho marcado no mapa da literatura brasileira. Um momento lindo e cheio de significados que estão aí reverberando até agora.O Amora segue me levando por muito lugares reais. Meu mapa pessoal-afetivo está muito mais amplo! Aos amores e às amoras, agradeço! Foto - Laine Bacarol"
"Quando ponho meus olhos nas pequenas estátuas de Jabutis em minha estante, sinto uma espécie de entusiasmo, recebo mais forças para continuar meu difícil trabalho de escrever romances, é um reconhecimento de grande valor e estima. Um dos aspectos mais bonitos desse prêmio é a sua amplidão. Como ele existe há muitos anos e há muitas categorias, o número de contemplados é imenso, e isso dá ao prêmio um caráter democrático, e de impulso a todo o sistema de produção literária: Foto - Site O povo"
"O prêmio Jabuti sempre reverberou em mim, desde que me entendo como leitor. Carregava aquela aura das coisas especiais e raras. Ao saber que meu segundo livro estava na lista dos finalistas do Jabuti, eu me emocionei. Para mim, já era uma conquista. Testei solitariamente a minha escrita por pelo menos uma dupla de décadas até me sentir quase pronto para estrear em livro. E, para a minha surpresa, no segundo livro, publicado com três anos de diferença para o primeiro, fui agraciado pelos jurados daquele ano com o primeiro lugar na categoria Poesia. Mas não chorei de emoção, como quando soube que estava finalista. Eu ri, ri muito. Era simplesmente surreal demais ganhar o Jabuti. Uma alegria indescritível tomou conta de mim: Foto - Amanda Erthal"
"Se o prêmio literário vier associado pela tradição e pelo prestígio, como é o caso do Jabuti no Brasil, ele conta e muito junto aos leitores, às editoras nacionais e à imprensa local e estrangeira. Redefine a personalidade pública do autor e auxilia o livro premiado a circular pelas mãos de novos e exigentes leitores. Abre as portas das editoras para reedições das obras anteriores do autor e para a publicação do livro seguinte: Foto Cláudio Nadalin"
"Escrever é uma ponte lançada na direção do leitor. Quando ganhei o Jabuti, em 2016, a autora homenageada, Lygia Fagundes Telles, começou seu discurso: “Queridos colegas escritores!” Ela destacava um sentido de comunidade próprio do trabalho literário. Penso que esse contexto precisa ser ampliado até incluir o maior número de leitores. Receber o Jabuti contribui para a consolidação da ponte a que me referi. O prêmio aumenta a repercussão do nosso trabalho, atraindo novos leitores. É gratificante ganhar o Jabuti: Foto - Leandro Rocha"
"Foi a maior das surpresas e sem dúvida um presente. Não que seja o único caminho, mas o Jabuti tem um reconhecimento dentro e fora do Brasil que faz o livro expandir seu próprio campo. O Sem Vista Para o Mar foi comigo pra China, pro México, pra Flip, pra Votuporanga, Ribeirão, São José, Maringá. Acho que pra mim foi esse o efeito mais especial do prêmio: ver o livro chegando a lugares, ir a esses lugares, conhecer leitores, ouvir deles e delas como leram e por que leram, conhecer outros autores e paisagens possíveis ao alca: Foto - Richner Allan."
"Embora nunca deva ser um objetivo, ganhar um prêmio reconhecido pelo sistema literário é um momento importante para qualquer escritor. O Jabuti, que conta com a participação de renomados atores do mercado editorial – ensaístas, jornalistas, professores, mas também livreiros, editores e divulgadores –, concede visibilidade aos livros, consagra autores veteranos e legitima a carreira de estreantes: Foto Filipe Ruffato"