Curadoria

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Prof. Dr. Marcelo Knobel


O físico brasileiro Prof. Dr. Marcelo Knobel é o curador da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico. Atualmente, é professor titular no Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (IFGW–Unicamp). Ao longo de sua carreira, trabalhou na área experimental de magnetismo e materiais magnéticos, além de se destacar em pesquisas de percepção pública da ciência, divulgação científica e educação superior.

"Estou muito honrado por ter sido convidado para ser o curador da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, que buscará reconhecer a incrível produção editorial de um setor dedicado à formação de recursos humanos fundamentais para o país", afirma o curador.

Graduado em física em 1989 e doutorado em ciências em 1992 pela Unicamp, Knobel realizou estágios de pós-doutorado na Itália e Espanha. Foi pioneiro em estudos de magnetoresistência gigante e magnetoimpedância gigante em materiais nanoestruturados.

Marcelo Knobel tem sido uma voz destacada na defesa das universidades e da ciência, expressando sua visão em diversos posicionamentos públicos e artigos de opinião. Além de sua atuação como reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi pró-reitor de graduação, diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia e presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Como professor titular de física, lidera um grupo de pesquisa em materiais magnéticos nanoestruturados, contando com mais de 300 artigos publicados em revistas internacionais.

Sua gestão como reitor implementou cotas étnico-raciais, vestibular indígena, reserva de vagas pelo Enem e outras iniciativas inclusivas. Durante a pandemia de covid-19, a Unicamp foi a primeira universidade brasileira a suspender as atividades presenciais não essenciais. Knobel lançou a campanha "Abrace o Futuro" para arrecadar fundos para pesquisa, assistência social e ensino.

O curador é Comendador da Ordem do Mérito Científico e Fellow de diversas organizações internacionais. Ele é membro do Conselho de Governança do Observatório da Magna Charta, da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e membro eleito do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Reconhecido por sua atuação na área de percepção pública da ciência e divulgação científica, recebeu o Prêmio José Reis de Divulgação Científica em 2019 e o Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia em 2022.

Em 2021, lançou os livros "A Ilusão da Lua: ideias para decifrar o mundo por meio da ciência e combater o negacionismo" e "Reflexões sobre Educação Superior: a Universidade e seu Compromisso com a Sociedade".

Conselho Curador



Carlos Benedito de Campos Martins


Carlos Benedito de Campos Martins ocupa o cargo de professor titular no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília. Ao longo de sua trajetória acadêmica, desempenhou funções de destaque, atuando como membro fundador e diretor científico do Núcleo de Pesquisa sobre o Ensino Superior da Universidade de Brasília, coordenador do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Sociologia, e participando ativamente de instâncias como o Conselho Universitário da UnB.

Martins desempenhou um papel significativo na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), participando do Comitê de Assessoramento Institucional e do Comitê de Pós-Graduação em diferentes momentos. Além disso, ocupou o cargo de Diretor da ANPOCS.

Sua contribuição se estendeu também para a coordenação geral da publicação "Horizontes das Ciências Sociais", em 2010, e a presidência da Sociedade Brasileira de Sociologia, de 2015 a 2019. Ele também representou o Brasil no Instituto de Investigação sobre Ensino Superior da América Latina e Caribe (IESALC/UNESCO) entre 2001 e 2005.

Dentro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), desempenhou um papel ativo na formulação do Plano Nacional de Pós-Graduação e atuou como consultor científico em diversas áreas. Adicionalmente, esteve à frente da coordenação do projeto Capes-Cofecub, uma parceria com a École Normale Supérieure Paris-Saclay, que abordou a globalização das sociologias francesa e brasileira.

Martins desempenha o papel de consultor em agências de fomento à pesquisa, incluindo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e Fundação de Apoio à Ciência, Cultura, Estudos e Pesquisas (Facep). Além disso, é membro do Comitê Editorial da Revista Brasileira de Ciências Sociais da ANPOCS, da revista Current Sociology (órgão oficial da International Sociological Association) e integra o Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) desde 2021.

O reconhecimento de sua excelência acadêmica resultou com a conquista do Prêmio ANPOCS de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci em Sociologia em 2020. Além disso, em 2022, teve a oportunidade de atuar como visitante na University College London.





Gislene Aparecida dos Santos

Gislene Aparecida dos Santos é professora associada na Universidade de São Paulo. Ela leciona no curso de graduação em Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP) e integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Direito, área de Direitos Humanos, da Faculdade de Direito da USP.

Ao longo de sua carreira, foi criadora e coordenadora do Núcleo Negro da UNESP (NUPE), atuando junto à pró-reitoria de cultura e extensão daquela universidade na promoção de atividades voltadas ao tema da diversidade dentre os quais se destacou a criação e editoração da revista "Ethnos Brasil. Cultura e Sociedade" que publicou uma das últimas entrevistas sobre a questão racial, no Brasil,  dada por Antonio Candido, além de ter divulgado palestras de Milton Santos e Kabengele Munanga, entre outros e outras intelectuais.

Ainda, na área de editoração, criou e coordenou a coleção financiada pela SECAD-MEC intitulada Percepções da Diferença, com 10 volumes destinados à formação de professores da Educação Básica nos temas da diversidade étnico-racial.

Gislene, é  líder no Grupo de Estudos e Pesquisas das Políticas Públicas para a Inclusão Social (GEPPIS), na EACH-USP,  coordena o Grupo de Pesquisa das Periferias (nPeriferias) no Instituto de Estudos Avançados (IEA) e a Clínica de Direitos Humanos das Mulheres – USP que desenvolveu importante pesquisa sobre direito reprodutivo das mulheres brasileiras,  em parceria com a Clooney Foundation for Justice – EUA, instituição reconhecida por sua atuação na defesa dos direitos humanos, em diferentes partes do mundo.

Na área dos direitos humanos, atua como articulista do Jornal da USP. Foi membro do conselho de área de direitos humanos no programa de pós-graduação da Faculdade de Direito da USP. Foi presidente do Grupo de Trabalho que implementou a Comissão de Inclusão e Pertencimento na EACH, presidiu essa comissão e criou a Comissão de Direitos Humanos (CDH-EACH).

Suas parcerias nacionais, internacionais e sua produção acadêmica englobam tópicos como direitos humanos, estudos decoloniais, equidade racial e de gênero, diversidade, discriminação racial, racismo e políticas públicas voltadas para grupos socialmente vulneráveis. Seus trabalhos têm sido referência para diferentes estudiosos a colocando entre os 100 pesquisadores mais citados no último ranking World Top Law and Legal Studies Scientists in Brazil.



João Carlos Salles Pires da Silva

João Carlos Salles Pires da Silva concluiu sua graduação e mestrado na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e mais tarde, obteve seu doutorado em Filosofia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, ocupa o cargo de professor titular no Departamento de Filosofia da UFBA, é pesquisador do CNPq e faz parte das academias de letras e ciências da Bahia.

Durante sua carreira, João Carlos ocupou a presidência da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) e da Sociedade Interamericana de Filosofia (SIF). Adicionalmente, desempenhou a função de Reitor da Universidade Federal da Bahia por dois mandatos e presidiu a Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES).

Como autor, João Carlos lançou várias obras, incluindo seus mais recentes títulos: "Universidade Pública e Democracia" (2020), "Tractatus, Frente e Verso" (2021) e "Ernst Cassirer e o Nazismo e outros ensaios sobre a proximidade do mal" (2022). 
Ao longo dos anos, sua pesquisa tem se voltado sobretudo para a obra de Wittgenstein, travando agora um especial diálogo com a obra do epistemólogo Ernest Sosa.



Maria Paula Cruz Schneider

Maria Paula Cruz Schneider é professora na Universidade Federal do Pará (UFPA), membro da Academia Brasileira de Ciências e foi distinguida com a Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico em 2023. Além de suas responsabilidades acadêmicas, desempenha papel ativo em comissões de assessoria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do CNPq. Adicionalmente, ocupa a posição de presidente do Conselho de Administração da BioTec Amazônia.

Com experiência prévia como presidente e membro do Conselho Executivo da Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP), exerceu a coordenação do Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular na UFPA de 2009 a 2022. Sua formação inclui licenciatura em Ciências Biológicas pela UFPA, além de ter obtido mestrado e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Atualmente, lidera o Laboratório de Genômica e Biotecnologia no Instituto de Ciências Biológicas (ICB-UFPA). O seu grupo de pesquisa tem se destacado ao conquistar a aprovação de diversos projetos financiados por instituições como CNPq, CAPES, FAPESPA (Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas) e FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos).

Ao longo de sua carreira, Maria Paula formou 25 mestres e 20 doutores no Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular da UFPA. Seu grupo de pesquisa concentra-se nas áreas de genética animal, análises genômicas no contexto ambiental e microbiodiversidade amazônica.





Poli Mara Spritzer


Poli Mara Spritzer é professora titular na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), membro da Academia Brasileira de Ciências e pesquisadora 1A do CNPq. Com formação em Medicina e especialista em Endocrinologia, possui mestrado em Fisiologia (UFRGS) e doutorado em Endocrinologia na Universidade de São Paulo (USP), com uma parte substancial do estudo conduzida na Université Paris Descartes (atual Paris Cité), na França, onde posteriormente também realizou pós-doutorado.

Além de suas atribuições acadêmicas, desempenha papel ativo em comissões de assessoria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e como consultora em agências de fomento à pesquisa como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (FAPESP, FAPERJ e FAPERGS).

Sua especialização profissional concentra-se em pesquisa clínica e translacional sobre condições que afetam a saúde endócrina e reprodutiva da mulher, nas diferentes etapas do ciclo de vida.

Ao longo de sua trajetória, Poli Mara formou 32 doutores, 49 mestres e supervisionou 20 pós-doutores no âmbito dos Programas de Pós-graduação em Endocrinologia e em Fisiologia (UFRGS). Desde 2009, coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Hormônios e Saúde da Mulher – o Hormona.




Virginia Sampaio Teixeira Ciminelli


Virginia Ciminelli ocupa o cargo de professora titular no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais desde 1995, sendo a pioneira a obter tal posição na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além disso, é pesquisadora de nível 1A do CNPq, desde 2001. Com formação em Engenharia Química, possui mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela UFMG, e concluiu seu doutorado em Processamento Mineral pela Pennsylvania State University, nos Estados Unidos.

Eleita como membro da Academia Brasileira de Ciências, foi pioneira na área de engenharias. Além disso, integra a Academia Nacional de Engenharia e a The World Academy of Science. Ciminelli foi o quarto brasileiro a ser eleito para a National Academy of Engineering nos Estados Unidos.

Durante sua trajetória profissional, liderou o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Recursos Minerais, Água e Biodiversidade, bem como o Instituto do Milênio Água - uma visão mineral, com uma abordagem centrada em recursos minerais e sustentabilidade. Anteriormente, ocupou o cargo de diretora do Centro de Microscopia. Sua participação ativa incluiu comitês e organizações como CNPEM (Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais), MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), CNPq, FUNDEP (Fundação de Apoio da UFMG), FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) e ABM.

Ciminelli recebeu reconhecimentos notáveis, incluindo o título de Engenheira do Ano e a Medalha Maura Menin concedida pela Sociedade Mineira de Engenheiros em 2021. Neste mesmo ano, também foi reconhecida com a Charles L. Hosler Alumni Scholar Medal pela The Pennsylvania State University. Além dessas honrarias, foi agraciada com a Ordem Nacional do Mérito Científico, recebendo as categorias de Grã-Cruz em 2018 e Comendador em 2010.